terça-feira, 12 de abril de 2011

A democracia me faz voltar

“Olha nós aqui”, de novo!

Eu havia abandonado este espaço. Faz tempo. Não por quer, mas por não encontrar segundos de sobra, para que pudesse ter meus post.

Nestes últimos dias – diante de tanto “gênio” que tenho visto, lido e ouvido por este mundo terreno e até no virtual – decidi por uma medida drástica: vou abolir meus parcos e precisos momentos de alívios das tensões do cotidiano – e não imaginam quantas – para estar aqui, se possível, diariamente.

Na verdade, o que me faz voltar a publicar neste espaço é a democracia. Direto pelo qual muitos morreram e que deve ser preservado, custe o que custar. Afinal, já dizia Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”.

O pior defeito do ser humano, na modesta avaliação deste ser humano – cheio de defeitos – que aqui escreve, é a falta de humildade ao se julgar dono da verdade absoluta, pensar que está acima do bem ou do mau. Aliás, como tem gente que acredita saber ou poder mais que os outros.

Lamentável.

Sou jornalista de formação e de coração. Me orgulho desta profissão em que trabalha-se muito e ganha-se bem pouco. E, que exige esforço hercúleo para ser um bom profissional, com fontes, respeitado, ter credibilidade e, principalmente, ser isento e não cometer injustiças, pois nossa matéria-prima – a informação – chega-nos bruta, sobrecarregada de “interesses e intenções” de vários lados.

Uma frase que ecoava muito nos meus tempos acadêmicos: “Jornalista é um grande generalista. Deve ter noção de tudo, pelo menos” .

Mas é exatamente neste ponto que reside o problema.

A informação, como citei, precisa ser lapida, garimpada – assim, mesmo, para tirar as impurezas, como é feito no processo de industrialização de diamantes.

Infelizmente, muitos julgam-se “poderosos” pela titulação “jornalista”. Pomposa, é verdade, mas nem certificado superior é necessário mais para ostentá-la. Na acepção, acaba sendo arrogância exacerbada e desnecessária.

Então, o bom jornalista é aquele que constrói uma carreira sólida: fontes confiáveis, boas pautas – que contribuam para a coletividade, não para individualidades – consiga lapidar a informação e, principalmente, tenha o conhecimento, mesmo que mínimo, de todas as etapas do tema que esta tratando.

Felizmente, ainda temos bons jornalistas aqui na Terra das Três Colinas. Gostaria mjito que estes bons exemplos inspirem os pretendem iniciar nesta estrada fantástica ou os que ainda estão apenas engatinhando na profissão, mas que trocam as mãos, pelos pés, com uma facilidade de dar inveja a qualquer recém-nascido.